TARSILA DO AMARAL (1886-1973)

Cubismo

Tarsila do Amaral nasceu em 1º de setembro de 1886 em Capivari, interior do Estado de São Paulo. Era neta de José Estanislau do Amaral, conhecido como “o milionário”. O pai de Tarsila herdou apreciável fortuna e diversas fazendas nas quais ela passou a infância e a adolescência. Estudou em São Paulo no Colégio Sion e completou seus estudos em Barcelona, na Espanha, onde pintou seu primeiro quadro, Sagrado Coração de Jesus, aos 16 anos. Casou-se em 1906 com André Teixeira Pinto com quem teve sua única filha, Dulce. Separou-se dele e começou a estudar escultura em 1916 com Zadig e Mantovani em São Paulo. Posteriormente, estudou desenho e pintura com Pedro Alexandrino.

Em 1920 embarcou para a Europa objetivando ingressar na Académie Julian em Paris. Freqüentou também o ateliê de Émile Renard. Em 1922, teve uma tela admitida no Salão Oficial dos Artistas Franceses. No mesmo ano, regressou ao Brasil e se integrou ao grupo modernista formado por Anita Malfatti, Oswald de Andrade,

Mário de Andrade e Menotti del Picchia. Nessa época, começou seu namoro com o escritor Oswald de Andrade. Voltou à Europa em 1923 e teve contato com os modernistas que lá se encontravam. Manteve estreita amizade com Blaise Cendrars, poeta franco-suiço que visitou o Brasil em 1924. Iniciou sua pintura Pau-brasil dotada de cores e temas acentuadamente brasileiros. Em 1926, expôs em Paris, obtendo grande sucesso. Casou-se no mesmo ano com Oswald de Andrade. Em 1928 pintou o Abaporu para dar de presente de aniversário ao marido, que se empolgou com a tela e criou o Movimento Antropofágico. Em 1929, expôs individualmente pela primeira vez no Brasil. Separou-se de Oswald em 1930. Viveu com o escritor Luís Martins por quase vinte anos.

Em 1933, pintou o quadro Operários e deu início à pintura social no Brasil. No ano seguinte participou do I Salão Paulista de Belas Artes. De 1936 a 1952, trabalhou como colunista nos Diários Associados. Nos anos 50 voltou ao tema Pau-brasil. Participou em 1951 da I Bienal de São Paulo. Em 1963, ganhou uma sala especial na VII Bienal de São Paulo e, no ano seguinte, participação especial na XXXII Bienal de Veneza. Faleceu em São Paulo no dia 17 de janeiro de 1973.