ARTE COLONIAL

Houve, na Arte Colonial brasileira, muita influência estrangeira, o que não poderia ser diferente. Afinal de contas, o país era uma colônia de Portugal e recebia essas influências externas a todo o momento e em várias áreas.

Traços da cultura européia eram introduzidos na arte colonial brasileira, mas com certas modificações: criou-se uma aversão ao supérfluo e, ao mesmo tempo, um ideal de simplicidade.

Daí as duas faces da nossa arte colonial: simplicidade e enriquecimento artístico. A igreja aceitava a decoração e o enriquecimento artístico-religioso; a fortaleza repelia esse tipo de manifestação, preferindo a simplicidade; a casa grande fica no meio-termo.

A arquitetura religiosa foi introduzida no Brasil pelo jesuíta Francisco Dias, que trabalhou em Portugal com o arquiteto italiano Filipe Terzi, projetista da igreja de São Roque de Lisboa.

Entre os principais arquitetos do período colonial estão o próprio Francisco Dias, Francisco Frias de Mesquita, Gregório de Magalhães e Fernandes Pinto Alpoim.

Da mesma forma, a arte de esculpir foi trazida por jesuítas portugueses que também ensinaram aos índios e negros o alfabeto, a religião e o trabalho com o barro, a madeira e a pedra.

O índio era muito hábil na imitação, mas primário e rústico na execução. O negro, por sua vez, adaptava-se mais facilmente e era maravilhoso no desenho, na arte, no talhe e nas lavras.

Sob direção dos religiosos e de mestres, o índio e o negro esculpiram muitos trabalhos considerados a base da arte Barroca, que na Europa alcançava seu auge.