ROCOCÓ

O estilo Rococó surgiu na França e propagou-se pela Europa no século XVIII como uma espécie de continuação do Barroco, porém mais leve e intimista. Os temas utilizados eram erotismo, mitologia, teatro italiano, religião e estilização da natureza em ornatos e molduras.

No Rococó, há o uso abundante de formas curvas e profusão de elementos decorativos (conchas, laços, flores), combinados com leveza, caráter intimista, elegância, alegria, bizarro, frivolidade e exuberância. Na arquitetura, o Rococó foi, a princípio, um novo estilo decorativo, onde cores vivas foram substituídas por tons pastéis.

A luz difusa inundou os interiores por meio de numerosas janelas e o relevo das superfícies deu lugar a texturas suaves; a estrutura das construções ganhou leveza e o espaço interno foi unificado, com maior graça e intimidade. A escultura ganhou importância, abandonando totalmente as linhas do Barroco: seu tamanho diminui e passam a ser feitas em gesso e madeira pintados com cores suaves.

Os altares são iluminados a partir do fundo e decorados com cenários carregados de anjos, folhas e flores. A pintura deixou de lado os afrescos e deu lugar aos arrases que pendem macios das paredes e tornam íntimos e discretos os ambientes; os traços são leves, as cores, suaves; os intensos vermelhos e turquesas do Barroco desaparecem, dando lugar a tons azuis, amarelos pálidos, verdes e rosas; as pinceladas são rápidas e suaves, a elegância se sobrepõe ao realismo. As texturas e os brilhos são aperfeiçoados, e o quadro adquire pequenas dimensões.