REALISMO

Na segunda metade do século XIX, o homem europeu, que tinha aprendido a utilizar o conhecimento científico e a técnica para interpretar e dominar a natureza convenceu-se de que precisava ser realista, inclusive em suas criações artísticas, deixando de lado as visões subjetivas e emotivas da realidade. Surge então, na França, o Realismo, movimento cultural caracterizado pela objetividade e pelo interesse por temas sociais.

Os artistas realistas repudiam a artificialidade do Neoclassicismo e do Romantismo. As obras privilegiam cenas cotidianas de grupos sociais menos favorecidos. O tipo de composição e o uso das cores criam telas pesadas e tristes. Tons baixos e sombrios dão à tela um aspecto quase fotográfico, destacando o aspecto rude, cruel e grosseiro da vida.

A beleza está na verdade e as obras chocam público e crítica, antes habituados à fantasia romântica. Gustave Courbet, por exemplo, em seu quadro, Os Quebradores de Pedra, mostra operários trabalhando, enquanto Édouard Manet provoca escândalo ao pintar Olympia, uma mulher nua encarando o observador com desejo, exibindo-se de maneira real e insolente.