ROMÂNTICA

Como reação ao Neoclassicismo, ocorre na primeira década do século XIX o movimento romântico que exalta a intuição e o instinto. Opõe-se ao racionalismo e caracteriza-se por defender a liberdade de criação e privilegiar a emoção. As obras valorizam o individualismo, o sofrimento amoroso, a religiosidade cristã, a natureza, os temas nacionais e o passado.

O entendimento da cor como luz começa a brotar nos artistas, bem como o gosto romântico pelo fantástico e pelo sobrenatural. Nos trabalhos, aparece o uso de traços livres e pinceladas ágeis que afirmam o dinamismo da arte voltada para o mundo industrial. Ora com temas exóticos, ora com patriotismo.

As cores se libertaram e se fortaleceram, dando a impressão, às vezes, de serem mais importantes que o próprio conteúdo da obra. A paisagem passa a desempenhar o papel principal, não mais como cenário da composição, mas em estreita relação com os personagens das obras e com o seu meio de expressão.

Na França e na Espanha, o Romantismo produziu uma pintura de grande força narrativa e de um ousado cromatismo, ao mesmo tempo dramático e tenebroso. É o caso dos quadros das matanças de Delacroix, ou do Colosso de Goya, que antecipou, de certa forma, a pincelada truncada do Impressionismo.