PAUL KLEE (1879-1940)

Expressionismo / Abstracionismo

Klee é considerado um dos artistas mais originais do século XX. Convencido de que a realidade artística era totalmente diferente da observada na natureza, dedicou sua carreira à busca do ponto de encontro entre realidade e espírito.

A exemplo de Kandinski, estudou com Von Stuck em Munique. Depois de uma viagem pela Itália, entrou em contato com os pintores da Nova Associação de Artistas e uniu-se ao grupo de artistas do Der Blaue Reiter (o cavaleiro azul). Em 1912, viajou para Paris, onde encontrou Delaunay, pintor que seria de vital importância para suas obras posteriores. Nele, Klee encontrou a chave de sua pintura. Escreveu: A cor, como a forma, pode expressar ritmo e movimento.

Mas a grande descoberta ocorreria em sua primeira viagem a Tunis. As formas cúbicas da arquitetura e os graciosos arabescos na terracota deixaram sua marca no pintor. Iniciou uma fase de grande produtividade, com quadros de caráter quase surrealista. Merecem ser mencionados Anatomia de Afrodite, Demônios, Flores Noturnas e Villa R.

Depois de lutar durante dois anos na Primeira Guerra, Klee juntou-se em 1924 ao grupo Die Vier Blauen, mas antes apresentou suas obras em Paris, na primeira exposição dos surrealistas. Paralelamente, começou a trabalhar como professor em Dusseldorf e, mais tarde, na escola da Bauhaus, em Weimar. Em 1933, emigrou para a Suiça. Sua última exposição em vida aconteceu em Basiléia, no ano de 1940.