JACQUES-LOUIS DAVID (1748-1825)

Neoclássico

Jacques-Louis David é o fundador do neoclassicismo francês. Teve como mestres e conselheiros pintores diversos quanto Boucher, forte representantes do rococó francês, e Vien, precursor do classicismo, o que causou a ambivalência de suas obras iniciais tornando-as difíceis de classificar.

Em 1785, quatro anos antes da Revolução Francesa, David vai a Roma terminar seus estudos. La, participa da escavação da cidade de Pompéia que foi soterrada por lava vulcânica; graças à lava, a cidade foi preservada, revelando monumentos, anfiteatros, costumes e hábitos intactos do classicismo. Ao vislumbrar a arte antiga, David desenvolve sua própria linha neoclássica, com temas tirados de fontes antigas e baseados nas formas e no gestual da escultura romana.

Entre suas obras principais está O Juramento dos Horácios, que ilustra o clima de auto-sacrifício da revolução. Depois de 1789, adota um estilo mais realista para registrar as cenas históricas da Revolução Francesa (1789-1799), com destaque para A morte de Marat (1793), retrato do líder da revolução assassinado de grande dramaticidade, considerada sua obra-prima.

David era amigo tanto de Marat quanto de outro líder da revolução, Robespierre; quando este foi guilhotinado, David foi preso e, em vez de ser condenado, tornou-se chefe do programa de arte de Napoleão. Entre 1799 e 1815, registrou as crônicas de seu reinado em obras como Coroação de Napoleão e Josefina (1805-1807). Em 1800, foi nomeado retratista oficial da corte e, depois da queda de Napoleão, teve que abandonar Paris, passando seus últimos anos em Bruxelas. Nos trabalhos desta fase, David retorna ao severo neoclassicismo anterior e até mostra certas características do romantismo, como em Marte desarmado por Vênus (1825).