ARTE ACADÊMICA

A Arte Acadêmica Brasileira, ou Academismo, foi um sistema autoritário e poderoso que envolveu todo o circuito de arte e teve início com a criação da Academia Imperial de Belas Artes.

Após a chegada da Missão Artística Francesa ao país, o estilo neoclássico trazido por estes artistas serviu de base para a implantação do sistema Belas Artes brasileiro. Com ele, foram criadas normas e regras muito rígidas de ensino, como a hierarquização de gêneros e temas e a imposição de modelos europeus, dificultando ao máximo o contato com a realidade do Brasil.

Por intermédio dos prêmios de viagem à Europa, concedidos inicialmente pela Academia Imperial de Belas Artes, em concursos internos, e em seguida nas Exposições Gerais, este vínculo com a pátria artística colonial foi reforçado. Os bolsistas recebiam instruções precisas sobre o que ver e fazer, os mestres acadêmicos que deveriam tomar como professores, as obras de museus que deveriam ser copiadas etc. De volta ao Brasil, comprovado o bom aproveitamento, eram nomeados professores. Mantinha-se assim, sem rupturas, o funcionamento do sistema acadêmico.

Entre os principais artistas estão Pedro Américo e Victor Meirelles, pintores brasileiros que estudaram na Academia Imperial de Belas-Artes do Rio de Janeiro. Além desses dois pintores, outro que merece destaque é José Ferraz de Almeida Júnior, que foi aluno de Victor Meirelles.