VAN GOGH (1853-1890)

Expressionismo

Rebelde, inclinado à solidão e até mesmo insociável, Van Gogh foi um desajustado em seu lar, em sua terra e em sua sociedade. Desde jovem, teve dificuldade em se adequar aos padrões de sua época e passou por diversos trabalhos, até descobrir sua verdadeira aptidão – a pintura.

Em 1888, deixou Paris e foi para Arles, cidade do sul da França, onde passou a pintar ao ar livre. O sol intenso da região mediterrânea interferiu em sua pintura, e ele libertou-se completamente de qualquer naturalismo no emprego das cores, declarando-se um colorista arbitrário.

Interessou-se pelo trabalho de Gauguim, principalmente pela sua decisão de simplificar as formas dos seres, reduzir os efeitos de luz e usar zonas de cores bem definidas.

Em 1890, passou por várias crises nervosas e, depois de internações e tratamentos médicos, dirigiu-se para Anvers, uma cidade tranqüila ao norte da França. Nessa época, em três meses apenas, pintou cerca de oitenta telas com cores fortes e retorcidas. Em julho do mesmo ano, ele suicidou-se, deixando uma obra plástica composta por 879 pinturas, 1756 desenhos e dez gravuras.

Enquanto viveu, não foi reconhecido pelo público nem pelos críticos, que não souberam ver em sua obra os primeiros passos em direção à arte moderna. Foi o precursor do Expressionismo.