SEMANA DE 22

A Semana de Arte Moderna de 22 é considerada o marco inicial do modernismo no Brasil. Realizada entre os dias 13 e 17 de fevereiro de 1922, no Teatro Municipal de São Paulo, apresentou obras que se uniam em torno de uma nova proposta estética.

Antes dos anos 20, foram feitas, também em São Paulo, duas exposições de pintura que colocam a arte moderna de um modo concreto para os brasileiros: a de Lasar Segall, em 1913, e a de Anita Malfatti, em 1917.

Inserida num momento de tentativa de reestruturação da sociedade, que buscava uma nova saída política, e de fatos históricos significativos que a antecederam, como a Primeira Guerra Mundial, a Semana de 22 exerceu grande influência nas idéias de mudança e ruptura entre o velho e o novo, o antigo e o moderno.

Aberta por Graça Aranha, seguida da execução de peças de Villa-Lobos e da declamação do poema Os Sapos, de Manuel Bandeira, que ridicularizava o Parnasianismo, a Semana de Arte Moderna provocou gritos e vaias aos modernistas.

Foi esse o clima que marcou o rompimento com o tradicionalismo. Os modernistas apresentavam uma arte que estava em harmonia com o grande movimento internacional de renovação de idéias.

A partir dos acontecimentos do Teatro Municipal, divulgados pela imprensa da época, as novas idéias encontraram adeptos em todo o país, ora mais serenos, ora mais radicais. No período entre 1922 e 1930, “Primeira fase do Modernismo”, manifestos, revistas e grupos recém-formados difundiram-se pelo cenário cultural como nunca havia acontecido antes.

Obviamente, havia discordâncias entre os grupos. Às vezes, até oposições fortes. O que havia de comum em todos, no entanto, era a certeza da urgente necessidade de renovar a cultura brasileira.