Artes – Movimento Modernista

Tendência vanguardista que rompe com padrões rígidos e caminha para uma criação mais livre, surgida internacionalmente nas artes plásticas e na literatura a partir do final do século XIX e início do século XX.

É uma reação às escolas artísticas do passado. Como resultado desenvolveram-se os movimentos: Expressionismo, Cubismo, Dadaísmo, Surrealismo e Futurismo.

Movimento Modernista no Brasil

No Brasil, o termo “Modernismo” identifica o movimento desencadeado pela Semana de Arte Moderna de 1922. De 11 a 18 de fevereiro daquele ano, conferências, recitais de música, declamações de poesias e exposições de quadros, realizados no Teatro Municipal de São Paulo, apresentam ao público as novas tendências das artes no país.

Seus idealizadores rejeitam a arte do século XIX e as influências estrangeiras do passado. Defendem a assimilação das estéticas internacionais para mesclá-las com a cultura nacional, o que dá origem a uma arte vinculada à realidade brasileira.

Uma das principais exposições de arte moderna no Brasil é realizada em 1913 pelo pintor de origem lituana Lasar Segall. Suas telas chocam, mas as reações são amenizadas pelo fato de o artista ser estrangeiro.

Em 1917, Anita Malfatti faz a que é considerada de fato a primeira mostra modernista brasileira. Apresenta telas influenciadas pelo cubismo, expressionismo, fauvismo e futurismo que causam escândalo, entre elas “A mulher de cabelos verdes”.

Apesar de não ter exposto na Semana de 22, Tarsila do Amaral torna-se fundamental para o movimento. Sua pintura é baseada em cores puras e formas definidas. Frutas e plantas tropicais são estilizadas geometricamente, numa certa relação com o cubismo. Um exemplo é a obra “O Mamoeiro”.

A partir dos anos 30, Tarsila interessa-se também pelo prolateriado e pelas questões sociais, que pinta com cores mais escuras e tristes como em “Os operários”.

Di Cavalcanti retrata a população brasileira, sobretudo as classes sociais menos favorecidas. Mescla elementos realistas, cubistas e futuristas, como em “Cinco moças de Guaratinguetá”.

Outro artista modernista dedicado a representar o homem do povo é Cândido Portinari, que recebe influência do expressionismo. Entre seus trabalhos destacam-se as telas “Café” e os “Retirantes”.

Distantes da preocupação com a realidade brasileira, mas muito identificados com a arte moderna e isnpirados pelo dadaísmo, estão os pintores Ismael Nery (1900 -1934) e Flávio Carvalho (1899-1973). Na pintura mecerem destaque ainda Regina Graz (1897-1973), John Graz (1891-1980), Cícero Dias (1908-2003) e Vicente do Rego Monteiro (1899-1970).

O principal escultor modernista é Victor Brecheret. Suas obras são geometrizadas, tem formas sintéticas e poucos detalhes. Seu trabalho mais conhecido é o Monumento às Bandeiras, no Parque do Ibirapuera em São Paulo. Outros escultores importantes são Celso Antonio de Menezes (1896-1984) e Bruno Giorgi (1905-1993).

No final dos anos 20 e início da década de 30, começaram a se aproximar do movimento modernista, artistas mais preocupados com o aspecto plástico da pintura. Utilizavam cores menos gritantes e composição mais equeilibrada. Entre eles estão: Alberto Guignard (1896-1962), Alfredo volpi (1896-1988) e Francisco Rebolo (1903-1980).

O modernismo enfraquece a partir dos anos 40, quando o abstracionismo chega com mais força ao país. Seu final acontece nos anos 50, com a criação das Bienais, que promovem a internacionalização da arte brasileira.