EDIÇÃO 28

O jogo e a brincadeira no desenvolvimento infantil

Ao brincar, uma criança se expressa da maneira mais pura o que está sentindo e interioriza o mundo ao seu redor. Através das brincadeiras e jogos a criança desenvolverá boa parte de suas habilidades motoras e cognitivas que serão  aperfeiçoadas ao longo de sua vida. Esses estímulos acontecem de várias maneiras, e, através das brincadeiras e dos jogos, ela vai dominando e explorando o mundo que vive.

As brincadeiras e os jogos proporcionam simulações da vida real, a criança aprende a respeitar as regras levando-a a um maior desenvolvimento.
No Brasil, os jogos infantis foram grandemente influenciados por portugueses, negros e índios, e fazem parte da cultura infantil na atualidade.
O jogo é um ato espontâneo de toda criança, sendo assim o jogo deve fazer parte da infância.  À medida que a criança joga, ela deixa transparecer seus sentimentos, sejam eles de alegria, agressividade, tristeza, excitação ou outros.

Para que haja maior desenvolvimento dos aspectos motores, o jogo não deve ser apenas livre, mas também, conter atividades direcionadas.
Ao brincar, nos três primeiros anos de vida, a criança tenta superar as dificuldades presentes no jogo. Neste momento, o adulto não deve interferir, apenas, observar, pois, a criança está aprimorando seu conhecimento motor e do mundo que a cerca.

Ela deve estar, sempre, em contato com o meio lúdico, tanto para jogos intelectuais, quanto para jogos motores, para que seu desenvolvimento seja completo.

O jogo expõe a criança a desafios e obstáculos e, por muito tempo, o jogo, tem sido usado nas escolas, com função educativa. Nota-se que com a utilização dos jogos e materiais pedagógicos adequados, as crianças desenvolvem o sentido de ordem, ritmo, forma, cor, tamanho, movimento, harmonia e equilíbrio. Apesar disso, a utilização do jogo nas escolas foi, por muito tempo criticada, mas é inegável sua contribuição para a aprendizagem de várias disciplinas como: matemática, geografia, história, educação física, entre outras.

Desta forma, torna-se claro que o jogo possui duas funções: uma lúdica e outra educativa, ora essas funções são separadas, ora as duas funções estão juntas. A primeira é quando uma atividade é prazerosa, alegre e é um passa tempo. Já a segunda é quando o jogo ensina algo, desenvolve o conhecimento infantil mas não deixa de ser algo prazeroso e alegre.

O jogo passa por vários estágios, o estágio das regras, ideias estratégias exceções e análises das possibilidades, por isso é indispensável sua presença na infância e seu uso deve ser incentivado na escola.

Ao brincar, a criança, se orienta, pesquisa, percebe, questiona, cria normas, obedece regras, imagina, resolve problemas, desenvolve atitudes aprendendo a regular seu comportamento de acordo com as situações, recria a realidade usando sistemas simbólicos, enfim,  é de extrema importância que a criança esteja inserida em um ambiente onde existam brincadeiras.

Além disso, o jogo ajuda a criança de várias maneiras, desenvolvendo a capacidade de encontrar maneiras de resolver problemas e de sair das situações de forma criativa.

Ivete Raffa
Arte educadora e pedagoga
www.iveteraffa.com.br