GAUGUIN (1848-1903)

Expressionismo

Gauguin nasceu em Paris, em 7 de junho de 1848. Passou seus 7 primeiros anos de vida em Lima, Peru. Depois voltou com sua família para a França, mais precisamente para Orléans. Em 1887, entrou para a marinha e, mais tarde, trabalhou na bolsa de valores.

Aos 35 anos, tomou a decisão mais importante de sua vida: dedicar-se totalmente à pintura. Começou assim uma vida de viagens e boemia que resultou numa produção artística singular e determinante das vanguardas do século XX.

Sua obra, longe de poder ser enquadrada em algum movimento, foi tão singular quanto a de seus amigos Van Gogh e Cézanne. Apesar disso, é verdade que teve seguidores e que pode ser considerado o fundador do grupo Navis, o qual representava uma forma de pensar a pintura como filosofia de vida.

Suas primeiras obras tentavam captar a simplicidade da vida no campo, algo que ele conseguiu com a aplicação arbitrária das cores, em oposição a qualquer naturalismo, como demonstra o seu famoso Cristo Amarelo.

No ano de 1891, o pintor partiu para o Taiti, em busca de novos temas, para se libertar dos condicionamentos da Europa. Suas telas surgiram então carregadas da iconografia exótica do lugar, e nelas não faltaram cenas que mostrassem um erotismo natural, fruto de sua paixão pelas nativas.

Embora amasse as terras tropicais, a vida continuava dura para o artista, e em 1893 ele retornou a Paris, na esperança de que suas telas se tornassem uma sensação, trazendo-lhe fama e segurança. Após dois anos de decepções, Gauguin voltou para o Taiti, Já estava então doente, e seu mal foi agravado por uma condição sifilítica não-diagnosticada. Hospitalizado com muita freqüência, engajava-se em trabalhos braçais e na política e jornalismo locais.

Ainda assim, neste período produziu alguns de seus melhores quadros. Em 1901, o pintor estabeleceu-se definitivamente nas Ilhas Marquesas. Seu prazer nesse novo paraíso foi rapidamente estragado por sérios conflitos com as autoridades locais. Ele ainda estava recorrendo contra uma sentença de três meses por crime de difamação quando sua vida foi cortada por um ataque cardíaco, em 8 de maio de 1903.