Objetivos:
- Desenvolver a leitura e a escrita.
- Refletir sobre as histórias ou fábulas e as mensagens que elas trazem. Trabalhar os valores inseridos nos livros ou fábulas.
- Refazer a história através de quadros (recorte, colagem e pintura), transformando-a em uma História em Quadrinhos.
Desenvolvimento do trabalho:
- Escolha uma história que esteja de acordo com a idade dos seus alunos.
- Observe quais os valores estão sendo expostos na história.
- Peça às crianças que leiam a história e conversem sobre ela. Fale sobre seus personagens, os lugares que a história retrata, as partes importantes, etc.
- Peça que reescrevam a história com as próprias palavras. Sorteie uma delas e faça a correção na lousa. Escreva da mesma forma que a criança escreveu e, em seguida, com giz de outra cor e, junto com as crianças, vá corrigindo a escrita.
- Escreva novamente da forma correta, isto é, corrigida.
- Divida as crianças em grupos e peça “contem” a história através de quadros (HQ).
Observação: As crianças se utilizarão de diferentes materiais e técnicas para representar a história.
Sistematização da aprendizagem:
- Converse com seus alunos sobre o que aprenderam com esse projeto:
– A leitura como aconteceu?
– Quais foram os valores que apareceram na história?
– Quais as dificuldades que tiveram para escrever a história com as próprias palavras?
– No momento da correção coletiva (lousa), o que aprenderam?
– Como foi representar a história através de quadros (HQ).
– Relacionar os conteúdos da Arte e os de Língua Portuguesa.
– Quais os conteúdos que relembraram e o que aprenderam de novo?
Sugestão: “O reino das borboletas brancas” (Marli Assunção Gomes Pereira – Ed. Paulus)
Nas viagens que fiz pelo mundo das fantasias, visitei um reino muito interessante: O Reino das Borboletas Brancas!
Lá tudo era branco, e o que não era, ficava num cantinho esquecido.
As graciosas borboletas só beijavam a flores brancas que, orgulhosamente, tremulavam à brisa fresca.
Um dia, nasceu no reino uma linda borboletinha que, por sua candura e mimo, chamou a atenção de todos. Até sua majestade, a rainha, foi vê-la.
A linda borboleta ia crescendo muito saudável, alva, sempre cercada de brancos carinhos. Ao dar seu primeiro passeio, ela se deslumbrou com o esvoaçar das borboletas por sobre as flores, porém, apenas sobre as brancas.
Percebeu a tristeza das outras…
— Oh! Como são lindas, diferentes!
Curiosa, se perguntava:
— Por que as borboletas só beijam as flores brancas? Por que as coloridas estão plantadas em cantos tão distantes e reservados? Será que minhas irmãs não percebem a beleza dessas flores?
No caminho de volta, reparou em uma flor azul.
— Que esplendor! Que pétalas! Que perfume!
Ah! Ela não resistiria. As outras que beijassem as brancas. Pousou na flor e nela depositou um terno beijo.
Que surpresa! A flor, que nunca havia sido beijada, ao contato de sua boquinha, ficou ainda mais bela.
Em sinal de agradecimento, a flor deixou rolar de uma de suas pétalas uma gotinha ainda fresca de orvalho para as asas de sua gentil admiradora. A gotinha se espalhou e tingiu as asas da borboleta de um azul muito delicado.
O susto foi geral!
— De onde surgiu essa borboleta azul?
— Como entrou aqui? Quem permitiu?
Foi difícil esclarecer.
Seus pais repreenderam-na, mas gostaram da nova cor.
Logo, outras borboletinhas, encantadas com a cor da amiguinha seguiram seu exemplo. Começaram a beijar flores amarelas, rosas, vermelhas. E ganhavam também gotinhas de orvalho e se tornavam amarelas, rosas, vermelhas…
Havia, ainda, a que beijavam flores diversas e se tornavam multicoloridas, de um tom delicado, transparente.
Que alvoroço! O que estava acontecendo? Precisavam informar as ministras do reino, que, por sua vez, informariam a rainha.
— Majestade, venha ver! O reino das borboletas brancas está desaparecendo! Precisamos tomar sérias providências.
A rainha saiu às ruas e, boquiaberta, olhava suas pequenas súditas num bailado alegre e colorido pelo ar. Nunca vira nada tão belo!
As ministras esbravejavam e exigiam providências. As borboletas coloridas caprichavam no bailado. Alternavam-se, ora azuis, amarelas, rosas, vermelhas, multicolores, fazendo reverência à rainha.
Não me lembro quanto tempo durou o espetáculo, mas, quando parti, o reino já não tinha o mesmo nome.
Agora se chamava “O Reino das Borboletas coloridas”.
Sugestões:
- Escolha o livro de acordo com a idade dos seus alunos e o grau de conhecimento que possuem.
- Defina como serão realizados os quadrinhos (materiais, tamanhos, técnicas, etc).
- Você poderá dividir a classe em vários grupos e, cada um lerá um livrinho diferente. Depois da leitura, proponha que cada um conte aos demais grupos a história lida e relacione os valores trabalhados.
Ivete Raffa
Arte educadora e pedagoga