Kandinsky nasceu em 1866 em Moscou, na Rússia. Sua primeira vontade  foi ser músico, entretanto, formou-se em direito e economia política pela Universidade de Moscou. Aos 30 anos, encantado com um quadro de Monet, abandonou a carreira jurídica e iniciou seu trabalo artístico.

Seus primeiros trabalhos exprimiam a musicalidade e o folclore russo. Em Paris, Kandinsky entusiasmou-se pelas artes aplicadas e gráficas, bem como pelo estilo de pintura dos fauvistas.

Casou-se com Gabriele Munter em 1900, separaram-se e voltaram a viver juntos por várias vezes. Nesse período conturbado, pintou várias telas, às quais dava sempre o nome de “Improvisação” 1, 2, 3…..inúmeras.

Em 1908, voltou a Munique. Foi colega de Paul Klee. Publicou o ensaio “Do espiritual na Arte”, em 1911, onde tratou a manifestação artística como expressão de uma necessidade interior. Em 1912, publicou o almanaque “O cavaleiro azul”, nome de um quadro e do primeiro grupo expressionista, cuja vertente é mais lírica do que dramática, em relação ao grupo expressionista Die Brucke. Suas obras transbordavam em cores vivas e quentes.

Em 1917 casou-se novamente com Nina Andreevsck. Tiveram apenas um filho que faleceu com apenas dois anos de idade. Esse fato fez com que Kandinsly entrasse em tristeza profunda. Começou a pintar com manchas, riscos, borrões, com cores escuras, com formas fragmentadas dando a impressão que queria quebrar ou destruir o que via pela frente.

Aos poucos foi colorindo as telas com cores vibrantes e quentes novamente. Organizava as linhas, juntava ou sobrepunha as formas, criando composições plásticas maravilhosas.

Voltou à Rússia durante a Primeira Guerra, onde permandeceu até 1921. Fundou vários museus e reorganizou a Academia de Belas Artes de Moscou. Foi também professor da Bauhaus a partir de 1922.

Escreveu “Ponto e Linha sobre o Plano” onde reflete sobre os elementos da linguagem plástica e suas correlações, colocando os problemas da abstração. Escreveu os artigos “Abstrato e Concreto”, “Cubismo e Abstrato” e “Abstrato ou Concreto?”. Estes artigos revolucionaram o “olhar” sobre a arte e os artistas da época.
Tornou-se cidadão alemão em 1928. Em 1933, a Bauhaus foi fechada pelos nazistas e, em 1937, seus quadros foram confiscados. Em 1939 fugiu pra a França e em 1944 expôs pela última vez na galeria L’Esquisse em Paris. Faleceu na França em 1944.