EDIÇÃO 26

Dinâmicas de grupo na escola

As dinâmicas de grupo na escola permitem trabalhar, por parte dos educadores e animadores, diversas questões, como a apatia, agressividade, instabilidade, emotividade, fazendo com que os alunos adquiram a capacidade de se apreciarem de forma realista e positiva, facilitando as relações interpessoais de forma saudável e equilibrada.

Os elementos de uma dinâmica

Objetivos:  Quem vai aplicar a dinâmica deve ter claro o que se quer alcançar.

Materiais:  Que ajudem na execução e na aplicação da dinâmica (TV, vídeo, som, papel, tinta, mapas, etc.). Outros recursos que podem ser utilizados em grupos grandes são o retroprojetor, exposições dialogadas, além de técnicas de teatro, tarjetas e cartazes.

Ambiente-clima:  O local deve ser preparado para que possibilite a aplicação da dinâmica (amplo, fechado, escuro, claro, forrado, coberto, etc.), onde as crianças consigam se ambientar no que está sendo proposto.

Tempo determinado:  Deve ter um tempo aproximado, com início, meio e fim.

Passos: Deve-se ter clareza dos momentos necessários para o seu desenvolvimento, que permitam chegar ao final de maneira gradual e clara.

Número de participantes:  Ajudará a ter uma previsão do material e do tempo para o desenvolvimento da dinâmica.

Perguntas e conclusões:  Que permitam resgatar a experiência, avaliando: o que foi visto; os sentimentos; o que aprendeu. O momento da síntese final e dos encaminhamentos. Permite atitudes avaliativas e de possíveis futuros passos para uma nova dinâmica.

Dinâmicas: Técnicas

1. Técnica quebra-gelo

– Ajuda a tirar as tensões do grupo, desinibindo as pessoas para o encontro.
– Pode ser uma brincadeira em que as pessoas se movimentam e se descontraem.
– Resgata e trabalha as experiências de criança.
– São recursos que quebram a seriedade do grupo e aproximam as pessoas.

2. Técnica de apresentação

– Ajuda a apresentar uns aos outros. Possibilitando descobrir: quem sou, de onde venho, o que faço, como e onde vivo, o que gosto, sonho, sinto e penso… Sem máscaras e subterfúgios, mas com autenticidade e sem violentar a vontade das pessoas.
– Exige diálogo verdadeiro, em que partilho o que posso e quero ao novo grupo.
– São as primeiras informações da minha pessoa.
– Precisa ser desenvolvida num clima de confiança e descontração.
– O momento para a apresentação, motivação e integração. É aconselhável que sejam utilizadas dinâmicas rápidas, de curta duração.

3. Técnica de integração

– Permite analisar o comportamento pessoal e grupal a partir de exercícios bem específicos, que possibilitam partilhar aspectos mais profundos das relações interpessoais do grupo.
– Trabalha a interação, comunicação, encontros e desencontros do grupo.
– Ajuda a sermos vistos pelos outros na interação grupal e a descobrir como nós nos vemos. O diálogo profundo no lugar da indiferença, discriminação, desprezo, vividos pelos participantes em suas relações.
– Os exercícios interpelam as pessoas a pensar e repensar as próprias atitudes.

4. Técnicas de animação e relaxamento

– Têm como objetivo eliminar as tensões, soltar o corpo, fazer com que a pessoa se preocupe consigo mesma, focalizando cansaço, ansiedade, fadigas, etc., elaborando tudo isso para um encontro mais ativo e produtivo.
– Estas técnicas facilitam um encontro entre pessoas que se conhecem pouco e quando o clima grupal é muito frio e impessoal.
– Devem ser usadas quando necessitam romper o ambiente frio e impessoal ou quando se está cansado e necessita retomar uma atividade, não para preencher algum vazio no encontro ou tempo que sobra.

5. Técnica de capacitação

– Deve ser usada para trabalhar com pessoas que já possuem alguma prática de animação grupal.
– Possibilita a revisão, a comunicação e a percepção do que fazem os destinatários, a realidade que os rodeia.
– Amplia a capacidade de escutar e observar.
– Facilita e clareia as atitudes dos animadores para que orientem melhor seu trabalho grupal, de forma mais clara e livre com os grupos.
– Quando é proposto o tema/conteúdo principal da atividade, devem ser utilizadas dinâmicas que facilitem a reflexão e o aprofundamento; são, geralmente, mais demoradas.

* Fonte: Jornal Mundo Jovem

Dinâmica – Dia das Mães

Objetivo: Promover a interação, o carinho e o respeito entre mães e filhos.

Materiais: Duas folhas de papel sulfite A4, uma branca (mãe) e outra colorida (filho)

Modo de fazer:

1. “Andando pela sala”:

Crianças de mãos dadas com as mães andam pela sala segurando uma folha de papel sulfite na mão que está livre.

– Criança – sulfite colorido
– Mãe – sulfite branco

2. Mexam as folhas. Bastante, pouco, bastante…”

As folhas farão barulho, ora muito, ora pouco. Esse barulho significa vida, alegria, crescimento, entendimento e movimento.

3. “Parem de frente para a mamãe e amassem a folha de papel. Amassem, amassem… Façam uma bolinha. Agora é a vez das mamães amassarem e fazerem uma bolinha de papel”.

Esses são os problemas, as situações difíceis de enfrentar, os momentos de insegurança e tristeza.

4. “Brinquem com as bolinhas!”

Mesmo tristes ou inseguros, temos que erguer a cabeça e levar a vida da melhor forma, ter alegria, boas palavras, bons pensamentos, boa energia, isso tudo faz bem para nós mesmos e para quem nos rodeia.

5. “Abram as bolinhas de papel. Mexam, Mexam… O que aconteceu?”

Os papéis, depois de amassados não fazem mais barulho. E agora? Agora, é hora de erguer a cabeça, dar as mãos a quem está do nosso lado, um ajudando o outro, acolhendo e seguindo em frente.

6. Criança: “Com o papel colorido, modelem o miolo de uma flor”

7. Mãe: “A folha de papel branco (mãe) formará as pétalas. Coloquem o miolo no centro da folha de papel branco e modelem as pétalas em volta do miolo (criança). Se for preciso, rasgue o papel para dar formato às pétalas.

Objetivo da dinâmica: Mostrar o afago, o acolhimento e a proteção de uma mãe com seu filho, envolvendo-o desde que nasce até o presente, inclusive nos momentos de dificuldades e problemas.

Ivete Raffa
Arte educadora e pedagoga
www.iveteraffa.com.br