EDIÇÃO 22

Amigos para sempre

Amizade, sentimento tão necessário nos dias de hoje.
Escola, lugar de se fazer amigos e exercitar o bom relacionamento e o respeito entre os seres humanos.

A origem do Dia Internacional da Amizade é controversa. Isto é, ninguém sabe ao certo como foi que surgiu a ideia de se criar um dia especialmente dedicado aos amigos. Entretanto, acredita-se que a ideia tenha partido de um dentista argentino, chamado Enrique Febbaro.
Segundo histórias contadas na Internet, esse dentista, entusiasmado com a corrida espacial que estava a todo vapor na década de 60, decidiu prestar uma homenagem a toda a humanidade por seus esforços em estabelecer vínculos para além do planeta Terra.
Durante um ano, Febbaro teria divulgado o seguinte lema: “Meu amigo é meu mestre, meu discípulo e meu companheiro”. Algum tempo depois, com a chegada do homem à Lua em 20 de julho de 1969, ele escolheu esta data para fazer uma festa dedicada à amizade.
A história diz ainda que a comemoração tornou-se oficial em Buenos Aires, capital da Argentina em 1979 e, aos poucos, acabou sendo adotada em outras partes do mundo.
No Brasil, Uruguai e Argentina, a data mais difundida para esta celebração é o dia 20 de julho, e o Dia Internacional da Amizade em 30 de julho.
Amizade, portanto, é um sentimento fiel de afeição, simpatia, estima ou ternura entre pessoas que geralmente não são ligadas por laços de família ou atração sexual.
No decorrer da vida, nós desfrutamos da companhia de diferentes tipos de amigos:  os amigos de nossa infância, dos quais nós podemos lembrar vagamente, os amigos da escola, o “melhor” amigo da adolescência, os amigos que fazemos no trabalho, na escola, amigos que compartilhamos bons momentos.
Muitas vezes a correria do dia a dia faz com que nos afastemos dos nossos amigos.    Sempre que encontramos um amigo, encontramos um pouco mais de nós mesmos. O amigo revela, desvenda, conforta. É uma porta sempre aberta, em qualquer situação.
 
Para iniciar esse trabalho com seus alunos, sugerimos abaixo algumas dinâmicas:

1 – A teia da amizade

– Disponha os alunos em círculo. O coordenador toma um novelo (rolo, bola) de cordão ou lã. Em seguida prende a ponta do mesmo em um dos dedos de sua mão.
– Pedir para as pessoas prestarem atenção na apresentação que ele fará de si mesmo. Assim, logo após se apresentar brevemente, dizendo quem é, de onde vem, o que faz etc., joga o novelo para uma das pessoas à sua frente.
Esta pessoa apanha o novelo e, após enrolar a linha em um dos dedos, irá repetir o que lembra sobre a pessoa que terminou de se apresentar e que lhe atirou o novelo. Depois, essa segunda pessoa irá se apresentar, dizendo quem é, de onde vem, o que faz.
– Continuar, até que todos do grupo se conheçam. Como cada um atirou o novelo adiante, no final haverá no interior do círculo uma verdadeira teia de fios que os une uns aos outros.
– Pedir para as pessoas dizerem o que observaram; o que significa a teia; o que aconteceria se um deles soltasse seu fio.

– Por último, que mensagem tiramos desta teia da amizade?

2 – Melhorando a comunicação

Objetivo: Perceber a importância da comunicação para o bom relacionamento.
Formar um círculo e depois sentar-se em duplas, espalhando-se pela sala.
Cada dupla recebe uma folha de papel e caneta, para que listem frases que ouvem frequentemente em seus círculos de amizade e que consideram agressivas, ofensivas ou que causam desconforto.
Pedir a cada dupla que, das frases escritas, escolham a mais forte para apresentar ao grupo.
Quando todas as duplas tiverem escolhido sua frase, pedir que encontrem uma forma clara e gentil de dizer a mesma coisa.
Cada dupla lê para o grupo a frase original e a frase transformada.
Cada grupo comenta o que descobriu ao fazer as comparações entre as maneiras diferentes de dizer a mesma coisa, refletindo sobre as diferenças entre as frases originais e as transformadas e os sentimentos após elas.

Finaliza-se com a reflexão de que as frases agressivas ou em tom de acusação (você é… você está…) impedem o outro de ouvi-las, gerando uma atitude defensiva ou de ataque. Que a maneira mais eficiente de nos fazermos ouvir talvez seja expressando nossos sentimentos (eu estou me sentindo…), evitando julgamentos ou interpretações.

3 – Amigo é o que guia e desafia

Objetivo dessa dinâmica para o dia do amigo é despertar para a importância que temos na vida das pessoas que estão ao nosso redor e da confiança que precisa existir na caminhada do grupo.
Clarear os passos: Convidar os participantes a formar duplas, ficando um ao lado do outro. A dupla combina quem será o cego e quem será o guia. O cego fecha livremente seus olhos e é auxiliado pelo guia. O guia, de olhos abertos, dá o seu ombro ou a sua mão e o ajuda.
Enquanto isso, estar atento aos sentimentos que experimenta:
Como cego, o que sente ao ser auxiliado?  Como guia, o que sente enquanto auxiliador?
Caminhando: As duplas (cego e guia) seguem por diversos caminhos, inclusive passando por obstáculos, se o guia assim o quiser. Deixa-se um tempo para que haja a vivência necessária. Depois, o animador da dinâmica orienta para que se mudem os papéis: quem é cego torna-se agora guia e quem guiava, é o cego. E a dinâmica segue por alguns minutos.
Partilha: O animador da dinâmica dá um sinal de parada e as duplas voltam à sala, para partilharem com o grupo a experiência feita: o que sentiram como cegos e como guias? Como isso se aplica à nossa vida e à vida do grupo? E em nossas relações de amizade?

Conclusão: Essa atividade para o dia do amigo estimula o estreitamento de laços de amizade entre membros de um grupo e propicia a harmonia no ambiente de trabalho.

Fonte: adaptação de dinâmica – do livro: Aprendendo a Ser e a Conviver. Editora FTD

Sala de aula

Para dar sequência ao tema trabalhe, o projeto sugerido nesta edição “As cores da Amizade”.

Ivete Raffa
Arte educadora e Pedagoga 
www.iveteraffa.com.br