EDIÇÃO 21

Natal – Tempo de paz e confraternização

Dezembro é um mês de festas, de alegrias, confraternização e amizade. É em dezembro que acontece uma das festas mais calorosas da humanidade. O mundo todo se rende ao símbolos natalinos: Papai Noel vestindo roupas de lã e botas, castanhas, trenós, neve, renas, etc.

Percebemos que até pessoas que dizem não gostar do Natal, acabam dando algum presentinho. Na verdade, não é apenas uma festa religiosa, percebemos que nessa época as pessoas ficam mais ternas, sentem mais vontade de se aproximar umas das outras, ficam mais amorosas e caridosas.

Nessa época, muitas pessoas escolhem uma comunidade, abrigo, asilo ou orfanato e, lá, distribuem presentes, cestas básicas ou roupas, cobertores ou remédios. O sorriso das pessoas que recebem esse ato de carinho é a maior recompensa pra quem pode dar. Esse ato pode ser traduzido como gratidão e reverência a tudo de bom que lhes deu.

A solidariedade não é um sentimento simples de ser explicado, mas é grandioso no ato de sentir. E é no Natal que essa energia positiva toma conta das pessoas. Não é uma sala abarrotada de presentes, pinheiro enfeitado, panetones, castanhas, vinho, rabanadas e frutas que faz com que as pessoas ali presentes tenham atitudes fraternas, é necessário muito AMOR.

Nessa época as pessoas trocam mensagens de carinho através dos Cartões de Natal e, hoje, muitas se utilizam dos e-mails para enviar votos de felicidades para o Natal e o novo ano que se aproxima, como mostra a imagem ao lado. Essa troca é rápida, fácil, não produz gastos, mas é um contato mais frio.

Cartões de Natal

As festas romanas, em honra ao Deus Jano, eram dedicadas ao culto da amizade. Nesse tempo era costume felicitar amigos e familiares, presenteando-os com ramos de oliveira, moedas de ouro ou docinhos. Estas celebrações da Antiga Roma, com o passar dos anos, se cristianizaram e esses hábitos foram substituídos pela troca de presentes e pelo envio de cartões com mensagens. O primeiro cartão impresso foi expedido em Estrasburgo (França), em 1476, e está assinado por Martes E. S. Em 1831, um jornal de Barcelona, na Espanha, quis por em funcionamento a técnica da litografia, felicitando seus leitores pelo Natal mediante uma estampa, o que pode ser considerado uma forma de cartão de Natal. A confecção o primeiro cartão de Natal, no entanto, normalmente é atribuída ao britânico Henry Cole que, em 1843, encomendou a uma gráfica um cartão com a mensagem: “Feliz Natal e Próspero Ano Novo”, porque não tinha tempo para escrever pessoalmente a cada um de seus amigos.

A gráfica escreveu a mensagem e colocou uma imagem de Natal. Foram feitos mil cartões. Depois de impressos foram coloridos à mão. Dos cartões que foram impressos, Henry Cole enviou aos amigos e pessoas ligadas aos seus negócios, os que restaram, colocou à venda em uma livraria. Foram vendidos todos e o sucesso foi enorme.

No ano seguinte, até a corte da Rainha Vitória adotou essa forma de felicitar. Porém a popularidade dos cartões fez com que fosse criada uma taxa diferenciada de postagem, bem maior que o envio de cartas. Isso fez com que muitas pessoas deixassem essa prática por uns tempos.

Os cartões, por serem pintados à mão, não eram baratos e, juntando com o valor da postagem, acabava ficando inviável mandar para muita gente. Com o passar dos anos, foi criado um novo método de impressão que já imprimia os cartões coloridos.  Rapidamente, o costume de desejar “Boas Festas” com o uso do cartão se estendeu por toda a Europa. Eram impressos cartões com Papai Noel, estrelas, sinos, presépios e demais temas que lembram o Natal.

Hoje, o povo do mundo inteiro está à frente de uma nova forma de enviar mensagens, são os cartões virtuais ou mesmo os e-mails. Cada vez menos se usa o correio comum para se desejar Feliz Natal ou Feliz Ano Novo, mas fazer um cartão com as próprias mãos e enviar a quem você gosta é um ato de carinho muito grande e é extremamente gratificante perceber que a pessoa que lhe deu o cartão dedicou seu tempo para produzir e criar algo com tanto carinho para presenteá-lo.

Fonte: Livro “Comemorando e Aprendendo” – vol IV – autora – Ivete Raffa – Editora Rideel 

Ivete Raffa
www.iveteraffa.com.br